
Eu testei as Páginas Matinais e isso foi o que descobri
As páginas matinais, um conceito revolucionário introduzido por Julia Cameron em seu renomado livro “O Caminho do Artista“, têm cativado a mente e o espírito de artistas, escritores e criativos em todo o mundo há anos. As páginas matinais são um exercício diário de escrita livre, realizadas todas as manhãs ao acordar. Julia Cameron sugere que escrevamos três páginas, sem filtro ou preocupação com gramática ou coerência. O objetivo é liberar a mente de qualquer bloqueio criativo, permitindo que os pensamentos fluam livremente. É uma forma de “limpar” o espaço mental, deixando espaço para novas ideias e inspiração.
A sinopse do livro me chamou atenção porque dizia que esse é um livro para “artistas com bloqueio criativo”. Mesmo não sendo artista, decidi comprar o livro e começar a ler por causa de uma falta de inspiração e propósito de vida no geral. Sentia que eu estava nadando e nadando, mas sem chegar a lugar nenhum. E onde eu queria chegar, afinal?
O objetivo é que, ao praticar as páginas matinais regularmente, você comece a estabelecer um ritual matinal que nutre a criatividade. Essas páginas devem servir como um canal para explorar pensamentos, medos, sonhos e aspirações mais profundos, permitindo que o leitor descubra insights e soluções que podem estar ocultos na mente.
Sem dar muito spoiler, o livro é baseado em técnicas e em exercícios propostos pela autora. O primeiro deles é que você, todos os dias, escreva o que ela chama de páginas matinais. A proposta é que a primeira atividade do seu dia seja escrever – papel e caneta – por 30 minutos, ou o equivalente a 3 páginas. E precisa ser de manhã, pare que você não caia na tentação de escrever apenas sobre coisas aleatórias que aconteceram durante o seu dia.
Pois bem, lá fui eu, com meu caderninho vintage sem pauta. As primeiras impressões:
- Escrever 3 páginas dá muita dor na mão e no pulso na primeira semana (rs);
- No início de cada página é difícil não escrever sobre o que você fez no dia anterior ou o que tem pra fazer no dia;
- Depois da segunda página, o milagre começa a acontecer.
Julia Cameron tem toda a razão quando fala sobre 3 páginas. Depois que você pega o ritmo, coisas que você nem imagina que estava sentindo vêm à tona – assim como pessoas que você descobre que quer que entrem (ou precisam sair) da sua vida. Escrevendo, acabei percebendo caminhos que eu queria seguir e outros que eu dizia pra mim que queria, mas na verdade não era bem assim.
Uma amiga comentou comigo que a terapeuta dela sugeriu um diário e agora eu entendo – e assino embaixo! Escrever acalma, esclarece e ajuda (demais) na tomada de decisão. Eu ainda não terminei O Caminho do Artista, mas agora estou mais confiante em testar os próximos exercícios do livro.
Pesquisando na internet sobre outros benefícios que escrever pela manhã podem trazer, encontrei alguns:
- As páginas matinais ajudam a superar o bloqueio criativo e a procrastinação: ao reservar um tempo para escrever todas as manhãs, você se compromete com sua prática artística, cultivando disciplina e consistência em seu processo criativo.
- O hábito da escrita matinal também ajuda na capacidade de aumentar a autoconsciência e a clareza mental. Ao colocar seus pensamentos no papel, você ganha uma visão mais profunda de si mesmo e de suas emoções. Isso pode ajudá-lo a identificar padrões de pensamento limitantes e a cultivar uma mentalidade mais positiva e criativa.
Em resumo, as páginas matinais são uma ferramenta poderosa para desbloquear sua criatividade, nutrir sua alma artística e cultivar uma vida mais consciente e inspirada. Ao adotar esse simples ritual matinal, você pode transformar sua jornada criativa e dar vida às suas mais profundas expressões artísticas.

